Saiba quais os cuidados básicos que podem ser tomados e quando buscar auxílio de um profissional
Imagem: Deposiphotos
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, são registradas cerca de 43 amputações de membros inferiores por dia em decorrência de complicações da diabetes. Isso significa que por ano, o número de amputações, pode ultrapassar dos 15.600 casos.
A diabetes não controlada pode causar diversas complicações para os seus portadores. Em casos mais severos, pequenas lesões e até mesmo calos nos pés, se não tratados devidamente, podem se agravar até o ponto de uma necrose dos membros inferiores e até à amputação dos mesmos, mas o que acontece para que essa situação chegue a esse ponto?
Gerlane Hora, conta como despertou o interesse pela podologia, “quando tratava dos pés dos meus clientes idosos”. Ela conta que observou como as “unhas espessas demais” e encravadas precisavam de cuidados especiais.
Imagem: Carlos Pereira
A podologia é a área da saúde que estuda os pés com o objetivo de diagnosticar, tratar e prevenir problemas como doenças infecciosas nos pés e unhas, calos, lesões, fraturas e outros.
O profissional da podologia é também capaz de recomendar aos pacientes quais os sapatos mais adequados para o seu uso, assim como também ensina a maneira correta de cortar as unhas para prevenir a onicocriptose mais conhecida como unha encravada, ela também auxilia na correção de deformidades dos pés e do andar do paciente.
Em pessoas com diabetes, uma das complicações da doença, os “pés diabéticos”, podem causar problemas nos membros inferiores, principalmente nos pés, de pessoas com diabetes não controlada. Essa condição se caracteriza pelo surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés que, se não forem tratados, podem levar à amputação dos membros.
“Por conta da falta de oxigenação sanguínea nos membros sobrepostos inferiores, qualquer corte que um pé diabético venha a sofrer, o fator da cicatrização é muito lento. Então é muito difícil estar tratando de qualquer indicio de corte e feridas em pés diabéticos”, explica a podóloga.
De acordo com ela, essa falta de oxigenação causada pela doença reduz a sensibilidade nas extremidades do corpo, que também se tornam edemaciadas, ou seja, inchadas, fazendo com que o diabético muitas vezes não perceba o ferimento. Por esse motivo, é importante sempre ficar alerta para pequenos cortes, feridas e até calos em pés diabéticos para que possam ser tomados os cuidados devidos antes que ocorra uma piora no quadro.
Apesar da associação entre pés diabéticos e velhice, Gerlane esclarece que pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças, também podem ter essas complicações da doença. “Existem crianças que já nascem com a patologia. São os mesmos cuidados que os idosos”, esclarece.
Antes mesmo do aparecimento de lesões nos pés, a podóloga aponta alguns sinais que podem indicar quando o pé do portador de diabetes precisa de uma atenção redobrada: “aparência pálida, ressecada, edemaciado. Eu identifico o pé diabético dessa forma, quando olho pra os membros inferiores de um diabético e vejo a aparência, o ressecamento, a cor. No caso, a tonalidade da cor que geralmente é mais pálida… O pé diabético é mais amarelado”.
Alguns dos cuidados básicos que podem ser tomados no dia a dia para cuidar dos pés diabéticos são:
Esses procedimentos podem ser feitos de forma mais segura por um profissional da podologia e são disponibilizados pela clínica Vida e saúde. Visitas regulares ao podólogo para avaliação também devem ser feitas como forma de prevenção para evitar que maiores problemas ocorram com os pés diabéticos.
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